quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Entrevista de Arnaldo Garrido com Ceiça Esch


Finalizo o ano com a entrevista com a escritora Ceiça Esch, do Rio de Janeiro.
Escritora que vem se destacando no campo de poesias infantis e que v~em presenteando nossa literatura com obras incríveis.A ceiça Esch, meu muito obrigado, por nos conceder a entrevista, e aos nossos leitores, um pouquinho da vida e da obra da artista.




DESPERTA!

Quem chegou ao fundo
Sabe que o fundo não tem fundo.
E, nada mais profundo,
Que emergir de volta para o mundo.
No poço  de um coração aflito,
Onde a esperança afunda em negrito
Surge um voz que  grita ao ouvido:
ACORDA! ACORDA! ACORDA!
A CORDA! A CORDA! A
CORDA!................

Sai do fundo desse abismo!
Espanta a traça da agonia!
Traça novos horizontes!
Embeleza tua vida!
Desperta para um novo dia!
ACORDA!  ACORDA! ACORDA!
A CORDA! A CORDA! A 
CORDA!.......................
(Ceiça Esch)






Nome artístico: Ceiça Esch


Cidade:Rio de janeiro


1- Como começou a gostar de poesias?

R:Desde criança amo poesia.
Cresci lendo e escrevendo poesias.
Amo as palavras e a forma como posso brincar com elas.
E elas, me respondem carinhosamente.

2- Como foi integrar a poesia as histórias infantis?

R:A integração sempre é natural.
Não planejo nada.
De uma forma delicada e divertida a criança pode ter seu primeiro contato com a poesia.
Transformando-se assim, num adulto mais sensível à arte de forma geral.
Começo a escrever e quando percebo, as palavras se completam na sonoridade de uma rima.
Crianças gostam de sonoridade e adultos também..

3- Quais os livros que já tem publicados?

R:Meu primeiro livro foi publicado em dezembro de 2009-Suave Delírio, livro de poesias.
Em 2010 lancei:  O Chulé do Zé,  Eita cachorrinho!!!, Ginho, o lobo que não era bobo, e Cavaleiro dos Sonhos.
Participei também de várias Antologias:Delicatta IV, Delicatta V, Encontro Pontual, Ponte dos Sonhos 1, Brasil mais que um país, uma inspiração.

4- Que tipo de poesia você prefere fazer?

R:Gosto das poesias românticas.
Mas não planejo.
Costumo dizer que não escolho a poesias. A poesia me escolhe.
É ela quem decide quando, como e o que escrever.
Adoro isso, porque sempre me surpreendo.

5- Qual obra até o momento marcou sua carreira?]

R:Todas são importantes para mim.
Mas foi Suave Delírio,  o primeiro livro que publiquei.
Tenho um carinho especial por ele
São poesias de resgate do sonho de adolescente em ser escritora e publicar um livro.
Foi o impulso que eu precisava para não desistir e continuar em frente.

6-O que representa ser poeta pra você?

R:Ser poeta, para mim, é conseguir passar para as pessoas um pouco da minha essência.
Acredito na força das palavras e no efeito que podem causar nas pessoas.
Se pudermos transmitir através delas a leveza, delicadeza e suavidade, talvez as pessoas sejam mais solidárias e gentis.

7- Você tornou-se acadêmica da ARTPOP- Academia de artes de Cabo frio, neste ano de 2010, o que lhe rendeu além do titulo, a indicação para dois prêmios de destaque no universo cultural, o de Gente Destaque 2010 da AFBA ( associação Fluminense de Belas Artes e o de Personalidade cultural 2010 pela ARTPOP, o que isso tudo significa para você,como artista e como pessoa?

R:Para mim é mais que um privilégio, é uma honra.
Ter meu trabalho reconhecido em tão pouco tempo é mais do que eu poderia imaginar ou desejar.
Creio que seja a  consequência de fazer o que se ama.
Peço a Deus que sempre permita que eu faça o que gosto. E que eu nunca deixe de gostar do que faço.

8- Qual a sua visão sobre cultura, principalmente no campo da literatura?

R:Um povo que não preserva sua cultura é um povo sem referência.
Um povo que não tem o hábito da leitura é um povo desinformado, sem conteúdo crítico, que desconhece seus direitos.
Se dermos oportunidades às crianças de terem mais acesso à leitura desde cedo, estaremos formando cidadãos conscientes dos seus deveres e aptos a exercerem
os seus direitos.

9- Quais os seus projetos para o ano de 2011?

R:Sempre tenho muitos projetos.
Meu novo livro de poesias já está pronto.
Mais dois livros infantis  que pretendo lançar na Bienal do Rio em 2011, além de outros livros em co-edição.

10- Como seu trabalho foi recebido na feira de Frankfurt na Alemanha ? Houve algum patrocinador?

R: Meu trabalho foi reconhecido na feira em Frankfut através da Antologia Pontes dos Sonhos 1, organizada pela escritora e ativista cultural
Izabelle Valladares, e distribuida na feira.recebi alguns e-mails elogiando o trabalho.
Nesta Antologia tive a oportunidade de participar com duas poesias  e a honra de escrever a quarta capa, a convite.
Não houve patrocínio e sim muito empenho e dedicação dos organizadores e dos artistas e escritores participantes.
Meu livro infantil Eita cachorrinho !!! foi apresentado, mas não tive nenhuma  obra solo participando da feira.
Quem sabe um dia...

11- Até que ponto a despreocupação com dinheiro prejudica o poeta?

R:Creio que prejudica na medida em que publicar um livro solo no Brasil, é muito dispendioso.
E não ter a preocupação com a parte financeira pode retardar a publicação de outras obras que o escritor possa ter.
A oportunidade de conseguir uma Editora que edite  obras sem custos para o autor, pode levar anos.
Anos de uma luta incansável, marcada pela determinação e persistência.
O poeta é um eterno guerreiro.


12- Tem algum poeta internacional como referência?

R:Entre outros, amo demais Pablo Neruda.

13- Deixe uma mensagem a quem pensa em publicar um livro de poesias:
Nunca desistir da luta, mesmo que os caminhos sejam árduos.
Que suas armas sejam a determinação, a garra e principalmente, o amor pelo que faz.
E que nunca a vaidade seja maior que o seu amor pela arte e pela cultura.


Livros de Ceiça Esch

Adicionar legenda










Rachel de Queiroz - Obras


















Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza em 1910. Já havia na literatura brasileira recente um livro em que a seca nordestina era a paisagem na qual transcorria a ação ficcional, mas foi em 1930, com a estréia de uma jovem de 19 anos, que a seca passou a ser não apenas o ambiente mas o próprio personagem da história narrada. Mais do que o personagem, ela se transfigurou num estilo conhecido, então, pela primeira vez: uma prosa árida, despojada, o avesso completo de qualquer possibilidade épica. Livrando-se de todo excesso romanesco, Rachel de Queiroz esteve no princípio do movimento regionalista, um dos mais importantes que o país já teve e que revelou nomes da importância de Graciliano Ramos e Jorge Amado, entre outros. O Nordeste brasileiro tornou-se, enfim, conhecido através de uma voz literária própria. Posteriormente, tendo escrito um romance feminino de formação, trabalhado como jornalista e com forte atuação política, ela se transformou num símbolo das conquistas da mulher brasileira e foi a primeira escritora a entrar para a Academia Brasileira de Letras. Seus romances originaram famosas novelas da Rede Globo. obrasO Quinze (1930)
Caminho de Pedras (1937)
As Três Marias (1939)
A Donzela e A Moura Morta (1948)
Lampião (1953)
A Beata Maria do Egito (1958)
O Brasileiro Perplexo (1964)
Dora, Doralina (1975)
O Galo de Ouro (1985)
Obra Reunida (1989)
Memorial de Maria Moura (1992)
As Terras Ásperas (1993)